
Confesso, exitei muito antes de colocar minhas palavras aqui. Admiro tantas escritoras, tantas blogueiras (aliás, recomendo muito) que temo expressar-me mal. Mas essa digitalização, como disse, merece considerações.
Já ouvi falar que fotografias são meras reproduções da realidade, não para mim. Em minha concepção é um treino do olhar, é ter sensibilidade, é enxergar um mundo de significações em apenas uma imagem.
Quando criança, adorava bancar a modelo, com sorrisos e poses milimetricamente planejadas, sempre ovacionadas pela minha mãe (leia-se minha eterna admiradora). Eis que minha escolha de curso na faculdade me coloca atrás de uma câmera digital e nas mãos de um excelente professor. Pronto. Nasce uma paixão. Paixão nos meus moldes, é claro. Comedida, reservada.
Mas principalmente nasce em uma época em que minha vontade era gritar, esbravejar com o mundo. Aprendi que vontades passam. Reservei-me, me reinventei... fotografei.
E é então que surge a fotografia
Um lugar para onde já fui de diversas maneiras, com pessoas diferentes, em situações completamente antagônicas. Um espaço que para mim parece alheio ao mundo em que vivemos. Exagero? Quem sabe.
Só sei que já fui para lá sem vontade de voltar ou sem saber se alguém ia me esperar, mas principalmente já fui para lá para tentar fugir de pessoas ou situações. Alguns diriam: “doce ilusão, querida”, mas não pude evitar: criei o meu país das maravilhas.
Foram lá meus únicos momentos tiete (aliás, ao lado de pessoas que ultrapassam o significado da palavra ‘amigas’), foi lá que tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida (e a geradora de tanto ‘reinventamento’), foi para lá que da última vez voltei com uma mochila nas costas e uma pessoa (realmente) especial ao meu lado.
Um lugar que para muitos representa (simplesmente) protetores de sol ou maresia. Não para mim. Não nessa digitalização.
1 comentários:
essa foto deveria se chamar AMIZADE, pq é a mais linda que eu já vi na vida, hoje.
Postar um comentário