Ontem reencontrei velhas amigas. Velhas não. Nossos 20 e tantos anos ainda não são um peso tão grande assim. Grande mesmo é a influência dessas pessoas na minha vida. Hoje nos encontramos pouco. Uma ou duas vezes por ano. Antes o convívio era diário, praticamente uma família. O suficiente para a distância tomar conta? Talvez. Mas da família é difícil se distanciar. Pode chegar um dia em que não exista mais motivos para nos reencontrarmos. Mas eu sou utópica. Acredito que as histórias que vivemos juntas vão ser sempre um bom motivo. Lembranças que causam gritos histéricos e risadas em uma simples janta. É muita coisa vivida junta. É muito clichê para pouco texto. Mas é bem assim: quanto mais envelhecemos, mais nostálgicas ficamos. Hoje as diferenças são visíveis. Quilômetros de afastamento físico ou ideológico. Mas tanto faz. Nas poucas horas em que ficamos juntas consigo ter a certeza de que a minha adolescência valeu a pena por causa delas. Minha memória não é das melhores, tenho medo de um dia esquecer tudo. Talvez escreva um livro. Ou talvez reencontre elas todos os anos, para juntas continuarmos a reescrever nossa história.
Juntas.
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