
(Fonte: http://br.olhares.com)
Escrevo essas palavras do interior de um ônibus. Não lembro a empresa, só sei que ele me levará para casa. Ao meu lado uma adolescente resolve descrever à amiga no telefone seu último "ficante". Eu, tento descrever nestas palavras escritas, o meu sentimento por esses tantos quilômetros, percorridos diariamente.
Acaso ou destino? Ainda não sei. A única certeza é que conquistei meu lugar, um lugar longe da minha eterna comodidade. Comodidade? Sim. Odeio mudanças. Por isso percorro esses quilômetros. Ela parece ter certeza que o destino a uniu ao tal rapaz, e sua amiga (imagino, muito empolgada) parece concordar veemente.
Conheço bem o caminho. A chegada está próxima, e o saldo da minha vizinha de ônibus já se esgotou em meio às minhas divagações. Divagações ou apenas palavras desconexas em um bloco.
Torço para que ela encontre o verdadeiro amor com o tal “idolatrado”. A mim, sei que não vou encontrar o lugar que acabei de deixar, igual, quando voltar. Só sei que lá, o destino ou o acaso, foram extremamente bondosos comigo.
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