“O importante é que emoções eu vivi”. Durante nossa adolescência era complicado entender o verdadeiro motivo que faz com que os adultos se emocionem tanto ao ouvir Roberto Carlos cantar essas palavras. Nostalgia pura? Talvez. Desespero ao ver o mesmo sorriso, o mesmo terno azul, o mesmo cabelo (cada vez mais grisalho), o mesmo gesto da entrega das rosas às fãs, a cada final de ano? Provavelmente. Mas hoje, no auge das minhas duas décadas, já consigo entender melhor essa frase, repleta de clichês, admito, mas verdadeira em sua essência.
Como postei aqui no blog, há alguns meses atrás apresentei um trabalho (realizado no curso de Comunicação Social da UNISC) lá em Londrina, no congresso Intercom. É até dispensável descrever o medo que senti. Apresentaria algo a que me dediquei por muito tempo. Representaria principalmente as minhas outras duas colegas, participantes também (de corpo e alma) do projeto. Chorei, admito, perante tamanha responsabilidade. Mas, quando retornei das terras paranaenses, com um sentimento de “missão cumprida”, recebi uma surpresa linda: alguém me esperava (com cartaz de boas-vindas!) no aeroporto.
Atualmente, mais precisamente há uma semana, recebi uma ótima oportunidade, também relacionada ao meu #amorpelacomunicacao: um estágio numa Agência de Publicidade. Acho que esse é o momento da verdade para todo acadêmico, de qualquer curso: descobrir, na prática, se a escolha feita lá no vestibular foi a certa. O receio por essa descoberta é inevitável. E, após uma semana me adaptando aos novos ares, o mesmo alguém, lá do aeroporto, me aguardava na rodoviária, com uma rosa vermelha.
Já ouvi dizer que muitas vezes preferimos nos distrair justamente com a pessoa errada, como no meu caso. Difícil encontrar a “pessoa certa”. Alguém que te faça feliz. Um alguém que te dê coragem suficiente para ir, mas amor suficiente para retornar. Que vá te buscar, num avião ou ônibus. Que te faça chorar e rir, mas principalmente, que te faça viver a emoção que é descobrir o verdadeiro amor. Então, faço das palavras do cantor Roberto Carlos, as minhas, e agradeço a esse alguém, por ser o meu “alguém”.
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