Por anos seguidos li teus textos e virei fã das tuas palavras, que pareciam completar todos os nossos trabalhos acadêmicos com lindos laços de fitas de cetim, verdadeiros presentes para a minha formação. Aprendi muito contigo, mas confesso: demorei muito para escrever esse texto. Sofri com a síndrome da página em branco, com uma terrível crise de criatividade (sim, usei as palavras proibidas).
Foi difícil, primeiro, devido ao momento tão especial que esse texto coroaria. Segundo porque não tive tua ajuda. Não tive alguém do meu lado, que depois das divagações e viagens à maionese, me ajudasse a enxergar todas as ideias com mais clareza, colocando-as em palavras.
Sempre fui a mais chata de nós duas: provas, prazos, trabalhos, prazos, regras, prazos, planos de aula, prazos, prazos e prazos. Aliás, fui eu que te guiei no primeiro dia de aula da nossa vida juntas e em todos os outros semestres, afinal, era a única a lembrar do número da sala.
Falando em primeiro dia e aula: doce coincidência morarmos em uma cidade tão pequena mas só ficarmos amigas em Santa Cruz do Sul. Ninguém acreditava, tamanha nossa sintonia. Doce coincidência encontrar alguém tão divertida: que em apuros usou farinha e água ao invés de cola, me levou por um tour de uma hora por Santa Cruz em um ônibus de linha, cantou Galopeira comigo (com direito à clipe, blog e fotos com cavalos: a dupla D'ânsia e Davômito!), que com um vestido rosa se transformou em uma super-heroína em pleno campus, que me ajudou a derrubar e limpar litros de quentão no Berga Tur, que dividiu um quarto comigo em Londrina (e outras coisas mais) e me apoiou com o olhar durante a apresentação no Intercom, que parou no Shopping de Lajeado depois do SET da PUC sem saber como íamos voltar para Arroio do Meio, que por muitas vezes me fez sorrir com as diferentes poses que fazia para dormir no ônibus, que foi meu braço direito na UNISC, mas principalmente fora dela.
Agora tudo é clichê, mas não tenho como escapar. A vida me deu uma dupla de criação perfeita, que levo comigo sempre. Aliás, sempre que quiser, eu vou estar pronta para comer um pão de queijo contigo. Obrigada, minha melhor amiga.
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